Debates movimentaram o primeiro dia do XXII CBE

Mercado de trabalho, futuro da profissão, alternativas para geração de renda, sustentabilidade e desenvolvimento. Esses foram alguns dos temas presentes nos debates da primeira tarde do XXII CBE. A mesa ‘O Mercado de Trabalho do Economista’ discutiu a concorrência com profissionais de outras áreas que realizam atividades afins, como contadores, engenheiros e administradores. Baseado em sua experiência em agências reguladoras, o professor Gesner Oliveira, da EAESP-FGV, enfatizou a importância da formação multidisciplinar. O ex-presidente do COFECON, Dércio Garcia Munhoz, tratou da importância do investimento na graduação de Economia e da necessidade da formação de profissionais capazes de analisar informações e formarem opiniões.  


O pluralismo na profissão foi uma das temáticas da mesa ‘Ensino de Economia e Futuro da Ciência Econômica’. Participaram da discussão o diretor da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Ciências Econômicas (ANGE), Rubens Rogério Sawaya, Eduardo Rodrigues da Silva (presidente da ANGE), Roberto Macedo (ex-presidente do Ipea) e Marcos Antônio da Silva e Silva (coordenador-geral da Feneco). Todos defenderam a necessidade da formação de um profissional capaz de entender o contexto econômico e suas relações complexas.

      
A mesa ‘Alternativas de Processos Produtivos e Geração de Renda’ discutiu o alcance e a importância da economia solidária no contexto nacional. O ex-secretário de Desenvolvimento Social e do Trabalho, André Quintão, destacou que a economia solidária é fundamental na construção da sociedade e traz ganhos de organização, cidadania, solidariedade e fraternidade entre as pessoas. O professor da UFRN, Roberto Marinho, deu um panorama geral sobre essa modalidade no Brasil, ressaltando que existem 33 mil empreendimentos de economia solidária e que mais de dois milhões de pessoas estão envolvidas neste setor em 2,7 mil municípios. 


No debate ‘Energia, Sustentabilidade e Desenvolvimento’, o professor-adjunto do Instituto de Economia da UFRJ, Edmar Luiz Fagundes de Almeida, destacou que, apesar da crise vivenciada pela Petrobrás, a produção de petróleo no Brasil continua em crescimento devido ao pré-sal. A presidente do Conselho de Energia da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Olga Côrtes Rabelo Leão Simbalista, enfatizou que o programa nuclear brasileiro é o único no mundo que tem atividades militares sobre salvaguarda internacional.
 

Texto: Corecon-MG